Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar..."

Florbela Espanca, poeta portuguesa, nasceu assim: Flor Bela. Quis o destino que seu nome se confirmasse...
6 comentários:
Esta mulher só teve um problema: nasceu antes do tempo devido; esteve sempre anos à frente da época em que viveu.
É para mim, uma das maiores poetizas da língua portuguesa, e escolheste talvez o seu mais belo poema, pelo menos o mais conhecido.
Acho que "Fanatismo" (minh'alma de sonhar-te anda perdida...) é mais conhecido por aqui, já que um cantor (Fagner)fez uma música com ele.
Mas é tudo lindo, mesmo.
bjs
Sônia,
Também creio que "Fanatismo" seja o soneto mais popular de Florbela, no Brasil. É o poder que a música tem sobre a massa. Nesse sentido, Fagner trabalhou bem: tornou sua voz potente veículo em serviço da poesia (à parte, as desavenças com a família de Cecília Meireles), musicando e interpretando vários poetas essenciais: Florbela Espanca, em especial.
Pena que o axé... deixa pra lá, né!
Sempre um prazer vir aqui,
Pedro Ramúcio.
Poema lindo de uma das melhores «desenhadores da palavra» de Portugal, de todos os tempos!
Gosto muito...e o teu blog é super bonito. Adoro a forma como escreves, Sónia. A ver se te venho aqui visitar de vez em quando, porque tens posts lindos.
Bom fim de semana, abraço,
Sofia.
Sofia, um prazer sua visita. Thanks pelos elogios tão gentis. Espero que volte.
bj
Sofia, estive lá no seu blog.Lindos textos! deixaria um comentário, mas não achei o caminho.
Voltarei, então, para apreciar apenas (o que, afinal, é o que vale, não é mesmo?).
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