10 de novembro de 2009

Topando a brincadeira

Adorei a proposta de uma blogagem coletiva lançada pelo VOU DE COLETIVO. E o tema desse mês é "Brinquedos: dos mais antigos aos mais recentes".
Como o passado me apetece, de cara me transportei no tempo a lembrar de velhas brincadeiras, como a de amarrar lençóis pelo quarto, de modo a transformá-lo numa grande tenda. Ficava ali, fazendo quase nada, a não ser simplesmente estar naquele espaço meio útero, meio caverna, esperando a hora em que a fantasia era obrigada a ceder lugar para o jantar, ou, pior ainda, para o banho. Às vezes essa caverna se transformava no Banco do Brasil e eu me tornava uma bancária a carimbar papéis roubados do escritório de meu pai. Vai entender a mente de uma criança...


Lembro também de muitos carrinhos match box, de autoramas, de uma mini aldeia de índios, cheia de bonequinhos e cabanas, que ficava no "quarto proibido" da casa de meus primos maternos, meninos "mais velhos" que não curtiam nem um pouco as incursões curiosas (e por vezes destruidoras) da priminha pentelha.

E tinha pingue-pongue, pique-bandeira e queimado. Ai, que delícia jogar queimado, meu Deus! Seria capaz de jogar ainda hoje, convidada fosse. E de patins, skate, e um tipo de velocípede que era como uma pequena carroça atrelada a um cavalinho de gesso, onde ficavam os pedais.


E, claro, mas não tão importantes, algumas bonecas também, como a coitada da Suzie, solteirona e solitária avó da assanhada Barbie.


E subia em árvores no quintal de casa (em plena Copacabana, imaginem!), soltava pipa e andava de bicicleta Monareta, que costumava virar de cabeça para baixo e transformar num carrinho de pipoca imaginário...


Tempos depois, a velha e indefectível "pera, uva e maçã" me deixava tensa ante a possibilidade do primeiro beijo na boca...Êta gostosura!

Nossa! Quantas memórias guardadas e abandonadas nesse disco rígido de minha cabeça! Há quanto tempo que eu não as visitava...
Valeu, VOU DE COLETIVO, por me fazer resgatar tantos risos. E tantas amizades que já não cultivo, mas que, raízes, são o que, hoje, me fazem "eu".