16 de dezembro de 2009

Pra você, imã da madrugada...

Para além das eternas discussões sobre Música ser ou não ser Poesia (e até porque eu não dou a mínima pro resultado da celeuma), fica aqui o registro do encontro entre dois abençoados e maravilhosos malditos que, a essas alturas, devem estar tomando todas em algum lugar entre o Alto Leblon e o Baixo Paraíso: Cazuza, o autor, e Cássia Eller, o bardo...



"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
E o corpo inteiro como um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria"

Todo Amor que Houver Nessa Vida
Cazuza
Composição: Frejat/ Cazuza